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A Intergeracionalidade

  • Foto do escritor: Rosana Severini
    Rosana Severini
  • 12 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura



Devido ao crescimento da expectativa de vida, diversas gerações irão se relacionar simultaneamente, devido a isso torna-se necessário mudar o conceito que nossa sociedade tem sobre o longevo, uma vez que diversas pessoas pensam ser a velhice uma fase de declínio biológico e a perda de status econômico e social, construindo uma imagem negativa sobre essa etapa da vida.

Se as gerações são constantemente construídas, desconstruídas e reconstruídas, a relação entre elas também está sempre sendo restaurada. Devido a isso, formam uma relação que cria e recria, possibilitando uma identificação mútua.


Afinal, como se relacionam as diversas classes etárias e qual o significado de intergeracionalidade?


A pessoa idosa tem muito a ensinar às outras gerações. Assim, os mais velhos repassam a memória cultural, valores éticos fundamentais, além de uma educação para o envelhecimento. Ao compartilhar sua história de vida e a história da comunidade, a pessoa idosa permite que os jovens conheçam suas raízes e a trajetória histórica cultural da comunidade a que pertencem, ou seja, é com o contato intergeracional e no aquinhoar das experiências de vida que as gerações conhecem o passado, apreendem o presente e projetam o futuro.


O contato entre gerações é uma troca de sabedoria; a pessoa idosa tanto compartilha quanto adquire conhecimento, isto é, a relação intergeracional é um movimento de sabedoria, uma arte de partilhar. Desse modo, como os longevos, os jovens também são protagonistas no partilhar de suas experiências; pois repassam a educação tecnológica para o manuseio de aparelhos eletrônicos e da linguagem digital, bem como a destreza e habilidades necessárias ao manuseio dos dispositivos do mundo atual. Portanto, independentemente do grau de intensidade, a relação intergeracional tende a se caracterizar pelo aprendizado mútuo que se estende no benéfico do conhecimento, da compreensão e, acima de tudo, do afeto recíproco. Dessa maneira, sucede uma ideia positiva e realista sobre as gerações, opondo a visão de segregação da classificação das faixas de idade, o que acaba por empobrecer as relações sociais e leva a constituir o preconceito etário.


O que ganhamos com isso?


Consigo ver, na verdade, que todos nós podemos ganhar nas relações intergeracionais: a criança aprende com o mais velho desenvolvendo força e motivação para lidar com a vida. Os jovens encontram inspiração e porto-seguro para corrigir os erros. Os mais velhos ficam satisfeitos ao passar seus conhecimentos que poderão transmitir por gerações respeitando os valores de sua família e de sua comunidade. E prazer pela vida é algo muito importante para nossa saúde e bem-estar.


Socialmente nos é muito relevante seguirmos em frente com a herança deixada por nossos antepassados, assim nos dando forma e identidade cultural, o valor mais importante para os grupos e nações.


Colabore fomentando a intergeracionalidade!


Rosana Severino

Neuropsicopedagoga e Gerontóloga




 
 
 

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